terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Fervilha me a ponta dos dedos,
com o turbilhão que a minha alma faz ao percorrer o meu corpo.
Apetece me gritar e sair correndo mas tenho medo..
e assim as teclas começam a deixar o meu rasto
de raiva,
de inquietude,
de tristeza,
de solidão!!
Porquê que apertas quando mais preciso de mim??
É mais fácil desistir,
e deixar me acabar num canto sombrio esquecido..
Apagada de luz.. de vida..
Sinto me só..
Mas não quero!!
Quero seguir de encontro ao teu olhar..
Segurar tuas mãos
e sentir o teu abraço..
Numa leve brisa o nosso odor se mistura
e me deixa embriagada..
Onde só quero repousar
num beijo doce e profundo..



terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sempre..

Apetecia me encontrar-te
fintar o teu olhar
e poder dizer-te para nele repousares.
Abraçar as tuas inquietudes..
Os teus medos..
e apenas sentires o conforto do meu amor por ti.
Não te afastes, procura me..
Sempre!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Hoje o dia nasceu triste...
Assim como eu..
Espreito o dia lá fora através da cortina
mas nem assim a cor se mistura pra alegrar o meu dia..
Sinto me só..
Do céu caem as lágrimas que insistem em inundar os meus olhos..
Queria te aqui..
tirar te da minha mente
e ter te a meu lado..
Fazer das minhas lagrimas o meu sorriso..

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não me pergunte...


Não me pergunte o que não sei,
porque só sei daquilo que vivo
e vivo sem saber o por quê.
Não me ame como se eu fosse a única,
pois em mim vivem várias,
a pura,
a puta,
a filha,
a mãe,
e em nenhuma delas sou verdadeiramente eu.
Não tente me entender,
não compreendo meus passos,
apenas caminho,
e tiro de cada gota de vida
o que preciso para viver.
Não me odeie,
pois a linha que separa
o ódio da paixão,
é tênue demais,
e a paixão é fogo que não queima,
mas consome aos poucos o amor.
Não pense em mais nada !
Cala tua boca na minha
e viva em mim os teus desejos.
No meu hoje não existe amanhã.
A noite já se vai tão alta...
Não preciso saber mais nada.
Nunca saberei.


Claudia Marczak

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sentimento Amigo...

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

"A gente não faz amigos, reconhece-os."

Vinicius de Moraes

domingo, 22 de agosto de 2010

Tive medo...


Tive medo de viver meus sonhos,
ao mesmo tempo que ansiava por eles.
Não tive coragem de sonhar,
talvez por que sonhar
às vezes dói.
No entanto, hoje sofro,
o abandono dos meus ideais.
E quando olho para dentro de mim
ainda vejo aquele mesmo caminho
chamando meus pés.
A estrada deserta.
Adormecida.
Preciso voltar a sonhar,
ser quem sempre fui,
mesmo sem saber ao certo quem sou.
Deixar meu sangue correr
pelos meus labirintos,
fechar meus olhos para ver
que nada
nunca acabou.


Claudia Marczak

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Oscar Wilde..

Desenho feito pela minha filhota..
Mãe babada..eheh

A espera...


Ainda continuo á espera..

a espera de mim,

não me encontro..

Perdi me num mundo em que não quero viver..

Não consigo viver assim.. Preciso de paz..

Preciso de mim...